segunda-feira, 14 de maio de 2012

O estado do Rio Grande do Sul


O Rio Grande do Sul é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Localizado na Região Sul possui como limites o estado de Santa Catarina ao norte, o oceano Atlântico ao leste, o Uruguai ao sul e a Argentina a oeste. Sua capital é o município de Porto Alegre. As cidades mais populosas são: Porto Alegre, Caxias do Sul,Pelotas, Canoas e Santa Maria.

 

O habitante do Rio Grande do Sul  denomina-se gaúcho, palavra oriunda do espanhol gaucho, um adjetivo que, aplicado a pessoas pode signficar "nobre, valente e generosa" ou "camponês experimentado em pecuária tradicional", ou ainda "velhaco, astuto, dissimulado ou ardiloso experiente

Povos indígenas

Na época do Descobrimento do Brasil, a região que hoje forma o Rio Grande do Sul era habitada pelos índios minuanos, charruas e caaguaras, que viveram há 12 mil anos a.C. Eram bons ceramistas e, na caça, usavam as boleadeiras, até hoje um dos instrumentos do peão gaúcho.

O RELEVO

 

Planície costeira

 

Também conhecida como planície litorânea. Toda a fachada leste do estado é ocupada pela planície litorânea, que consiste em terrenos arenosos com cerca de 500 km de extensão no sentido nordeste-sudoeste e largura muito variável. Os areais se desenvolvem tanto nas margens orientais quanto nas ocidentais das lagoas dos Patos e Mirim. Essas lagoas apresentam um desenho característico, com recorte lobulado, em virtude das pontas de areia que de uma e outra margem se projetam para dentro delas.

Planalto Dissecado de Sudeste

Também denominado impropriamente Serras de Sudeste, o planalto dissecado de sudeste compreende um conjunto de ondulações cujo nível mais alto não ultrapassa 500 m. Trata-se de um planalto antigo, cuja superfície tabular só foi preservada entre alguns rios.

Depressão Central

A Depressão Central forma um arco em torno do planalto dissecado de sudeste, envolvendo-o dos lados norte, oeste e sul. Forma um amplo corredor com aproximadamente cinqüenta quilômetros de largura média e 770 km de extensão.

Planalto Basáltico

 



 

Representa a porção sul do Planalto Meridional do Brasil. O norte e parte do oeste do estado são ocupados pelo Planalto Basáltico, que descreve uma meia-lua em torno da depressão central. Esse planalto, que tem como traço marcante a estrutura geológica, é formado pelo acúmulo ou empilhamento de sucessivos derrames basálticos (isto é, derrames de lava), intercalados de camadas de arenito. Alcançam espessura muito variável. No nordeste do estado registra-se a espessura máxima, responsável pela maior elevação do planalto nessa área.

A superfície do planalto apresenta uma inclinação geral de leste para oeste. O terreno  é plano ou levemente ondulado, mas os rios, que banham a parte mais elevada, abriram nela profundos sulcos ou vales, isolando compartimentos tabulares.

Um aspecto saliente do planalto a nordeste, cai diretamente sobre a planície litorânea, com um paredão íngreme ou escarpa, de quase mil metros de desnível: são os chamados "aparados da serra". Os rios favorecidos pelo forte declive abriram aí profundas gargantas ou taimbés. Nesse trecho, próximo à divisa com Santa Catarina, a escarpa à borda do planalto corre paralela à costa. À altura de Osório, desvia-se bruscamente para oeste e a partir daí vai diminuindo progressivamente de altura. Nesse trecho voltado para o sul, os rios que correm para a depressão central abriram amplos vales. O rebordo do planalto basáltico recebe no Rio Grande do Sul, como nos demais estados meridionais, a denominação de Serra Geral.

Clima

Dois tipos climáticos caracterizam o Rio Grande do Sul: o clima subtropical úmido e o clima oceânico.

O clima subtropical úmido possui chuvas bem distribuídas durante o ano e verões quentes.

Dos ventos que sopram no estado, dois têm denominações locais: o pampeiro, vento tépido, procedente dos pampas argentinos; e o minuano, vento frio e seco, originário dos contrafortes da cordilheira dos Andes.

CURIOSIDADES

A temperatura mínima registrada no estado foi de -9,8 °C no município de Bom Jesus, em 1º de agosto de 1955, enquanto a temperatura máxima registrada foi de 42,6 °C em Jaguarão, no sul do estado, em 1943.

Hidrografia

Compreende rios que pertencem à bacia do Uruguai e rios que correm para o Atlântico. Os rios Jacuí, Taquari, Caí, Gravataí, Guaíba e dos Sinos, entre outros, são razoavelmente aproveitados para a navegação.

Assim, a lagoa Mirim recolhe as águas do rio Jaguarão, a lagoa dos Patos, as dos rios Turuçu, Camaquã e Jacuí, as deste último por meio do estuário denominado Guaíba. A lagoa dos Patos se comunica com a lagoa Mirim através do canal de São Gonçalo, e com o Atlântico por meio da barra do Rio Grande. Além das duas grandes lagoas, há numerosas outras, menores na planície litorânea, entre elas a Itapeva, dos Quadros, do Peixe e Mangueira.

Vegetação

 

 

Dois tipos de cobertura vegetal ocorrem no Rio Grande do Sul: campos e florestas.

Nos dois tipos de floresta está presente a erva-mate, objeto de exploração econômica desde o início do povoamento do estado.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

A INDUMENTÁRIA GAÚCHA




A origem da indumentária gaúcha data dos primórdios da colonização dos pampas e é resultado da união de influências históricas, sociais e culturais adaptadas à realidade, ocupação e trabalho campeiro. Historicamente a indumentária gaúcha pode ser dividida em quatro fases, existindo para cada uma a peça feminina correspondente.
§  Bombacha
§  Calça de origem turca, usada pelos pobres na guerra do Paraguai. São largas na Fronteira, médias no Planalto e estreitas na Serra, quase sempre com "favos de mel". Necessariamente de cós largo, sem alças para a cinta e com dois bolsos grandes nas laterais. Em ocasiões festivas tem cores claras, sóbrias e escuras para viagens ou trabalho.
§  Camisa
§  Cores sóbrias ou claras, com padrão liso ou riscado discreto com gola esporte ou social. Mangas curtas para ocasiões informais ou de lazer e longas para eventos sociais-formais.
§  Lenço
§  Atado ao pescoço, de uma ou duas cores ou xadrez miúdo e mesclado. Na cor vermelha, branca, azul, amarelo, encarnado, preto (para luto) e bege. Xadrez de branco e preto é para luto aliviado.
§  Existem diversos tipos diferentes de nó:
§  Comum: Simples e ximango
§  Farroupilha: Três-galhos, amizade, saco-de-touro
§  Pachola: 2 posições - destro e canhoto
§  Republicano: Borboleta e dois-topes
§  Quadrado: Quatro-cantos, rapadura e maragato
§  Namorado: 3 posições - Livre, querendão e apaixonado
§  Crucifixo: Religioso
§  Pala
§  Diferentemente do , poncho cuja origem é gauchesca e que serve para proteger apenas do frio e da chuva, o pala tem origem indígena e serve para proteger contra o frio, sendo de lã ou algodão, e de seda para proteger contra o calor.
§  Bota
§  O uso de botas brancas é vedado.
§  Guaiaca (espécie de cinto)
§  Para guardar moedas, palhas e fumo, cédulas, relógio e até pistola.
§  Esporas
§  "Chilenas" ou "nazarenas" de prata ou de outro metal.
§  Tirador
§  Para lida campeira, sem enfeites.
§  Colete
§  Chapéu e barbicacho
§  Usados como proteção contra o sol. Não é recomendado o uso do chapéu em lugares fechados, como no interior de um galpao.
§  Paletó
§  Faixa
§  Tira de pano, preferencialmente de lã, usada na cintura com o propósito de prender a bombacha.
§  Faca

Pilcha feminina
Procura não contrastar com o recato da mulher gaúcha, havendo recomendações quanto a mangas, decotes, golas, cabelos, maquiagens, etc.
§  Vestido
§  Vestido, saia e casaquinho, de uma ou duas peças, com a barra da saia no peito do pé. Pode ser godê, meio-godê, em panos, em babados, ou evasês.
§  Saia de armação
§  Discreta e leve, na cor branca, diferentemente da indumentária típica baiana.
§  Bombachinha
§  Ciroulas na cor branca, de comprimento até os joelhos. Pode ser rendada ou não.
§  Meias
§  As meias devem ser longas, brancas ou beges, para moças e senhoras, admitindo-se as coloridas discretas para as gurias (mirins). As mais maduras podem usar meias de tonalidades escuras.
§  Sapatos
§  Os sapatos (pretos, brancos ou beges) podem ter salto 5 ou meio salto com tira sobre o peito do pé, que abotoe do lado de fora, para moças e senhoras. As gurias (mirins) usarão sapatos com tira sobre o pé, tipo sapatilha. Também podem ser usadas botinhas fechadas atendendo às respectivas descrições.
§  Acessórios
§  Permitidos - Fichu de seda com franjas ou de crochê, preso com broche ou camafeu, chale (especialmente para as senhoras), brincos discretos, anéis (um ou dois), camafeu ou broche, capa de lã ou seda, leque, faixa de prenda ou crachá, chapéu (em ambientes abertos).
§  Não permitidos - Brincos de plástico ou similar colorido, relógios e pulseiras, luvas ou meia-luvas e colares. Sombras, batons ou unhas coloridas em excesso, sapatilhas amarradas nas pernas, saias de armação com estruturas rígidas.
§  Cabelo
§  O cabelo é preso pela medade, para as guriazinhas (mirim), e para senhoras e moças é feito um coque, mas sempre com uma "presilha".
§  Da mesma forma que existe para o peão há para as prendas a pilcha para lida campeira e para prática de esportes, sendo semelhante à masculina, inclusive com bombacha (bombacha feminina).Na verdade, porém, não há bombachas de mulher já que, tradicional e historicamente, mulheres nunca usaram roupas (calças) de homens nos campos do Rio Grande ou do Uruguai, Paraguai e Argentina. Seria tão ridículo quanto um gaúcho, um homem, - em especial um que pretende preservar e divulgar as tradições, o que, na verdade as negaria mais do que não usar roupa tradicionalista alguma - querer ou usar, mesmo, de fato, um vestido de prenda, numa festa, com seus longos bigodes e lença no pescoço.
CURIOSIDADE
O lenço vermelho -maragato- e o lenço branco -ximango  - são os mais tradicionais, identificando, na  guerra dos farrapos (1835-1845)